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A clássica descrição da doença celíaca (DC) foi feita há mais de 100 anos por Samuel Gee, em 1888, sob a denominação de "afecção celíaca", relatando as seguintes características: "indigestão crônica encontrada em pessoas de todas as idades, especialmente em crianças entre 1 e 5 anos".
No entanto, foi durante o período da Segunda Guerra Mundial que se associou os efeitos deletérios de certos tipos de cereais à doença celíaca. Neste período, Dicke, um pediatra holandês, observou que durante o período de racionamento de trigo na segunda Guerra Mundial, a incidência do "sprue celíaco" havia diminuído muito. Posteriormente, quando os aviões suecos trouxeram pão para a Holanda, as crianças com doença celíaca voltaram rapidamente a apresentar sintomas, confirmando a importância do trigo na gênese da doença.
A DC é uma intolerância permanente ao glúten, caracterizada por atrofia total ou subtotal da mucosa do intestino delgado proximal e conseqüente má absorção de alimentos, em indivíduos geneticamente susceptíveis .
A DC é uma das principais causas de diarréia crônica em crianças. A forma típica é expressa clinicamente por síndrome de má absorção intestinal, com repercussões sobre o estado nutricional dos pacientes. O aspecto anatomopatológico de mucosa de intestino delgado caracteriza-se por atrofia vilositária, hiperplasia de criptas, aumento dos linfócitos intraepiteliais e infiltração da lâmina própria da mucosa por células inflamatórias. Sua etiologia está relacionada a fatores ambientais (ingestão de glúten), imunológicos (alterações da imunidade celular e humoral) e genéticos.
O glúten é uma proteína que está presente no trigo, centeio, cevada e aveia.
Os cereais que pertencem à família Gramineae podem ser divididos em quatro subfamílias, a saber: Bambusoidea, Pooideae, Panicoideae e Chloridiodeae. A subfamília Pooideae compreende dois subgrupos: Triticeae que contém a maioria dos cereais: trigo (triticum), centeio (secale), e cevada (hordeum); e Aveneae que contém a aveia (avena).
Os fragmentos polipeptídicos do glúten, que constituem a fração do glúten solúvel em álcool, são denominados de prolaminas. Estas, em geral, representam 50% da quantidade total do glúten e diferem de acordo com o tipo de cereal: gliadina no trigo, secalina no centeio, hordeína na cevada e avenina na aveia. Atualmente está comprovada a toxicidade da gliadina, assim como da secalina na DC. Quanto à hordeína e avenina ainda existem controvérsias.
A DC representa ainda uma forte condição hereditária, constituindo-se numa enfermidade multifatorial, envolvendo tanto componentes genéticos, como ambientais na sua etiopatogenia. Cada fator gené
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