Aguarde, carregando...

Facebook  Instagran  Youtube  Whattsapp  Contato
Asbran

Um bilhão passam fome no mundo
Postado em 23/06/2009

Nos últimos anos, o número de vítimas da falta de comida aumentou em todo o planeta, com exceção da América Latina e do Caribe. Quase todos os subnutridos estão nos países em desenvolvimento. Segundo a FAO, a insegurança alimentar golpeia sem clemência principalmente a Ásia e o Pacífico, com 642 milhões de famintos. A África Subsaariana, da qual a Zâmbia faz parte, detém alta prevalência de desnutridos (32% da população total). O Oriente Médio e o Norte da África registraram o maior aumento no número de pessoas com fome (13,5%). Até recentemente, a América Latina e o Caribe era a única região que apresentava sinais de melhora. No entanto, 12,8% dos habitantes sofrem com o problema.

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o norte-americano Matt Roney - especialista do Earth Policy Institute (em Washington) - concorda que a crise atual reduziu o poder de compra dos mais pobres, enquanto os preços de alimentos considerados commodities triplicaram entre 2006 e 2008. "O aumento da fome é uma tendência em evidência que começou no fim da década de 1990, e há mais razões crônicas e fundamentais para isso: os agricultores estão tendo menos tempo para produzir alimentos que sustentem a população mundial em crescimento; boa parte dela se move para cima da cadeia alimentar e vem comendo mais grãos; entre outras", explica. "A conclusão mais preocupante do estudo da FAO é de que não há sinais de que o número de famintos vai parar de crescer."
Roney também considera incômodo o fato de que China e Arábia Saudita estão comprando terras cultiváveis em países subdesenvolvidos, como o Sudão, com o objetivo de produzir alimentos para exportá-los de volta para seus próprios territórios. "Esse esforço em aumentar a segurança alimentar está sendo feito às custas da segurança alimentar de pessoas em países 'anfitriões', muitas das quais dependem de ajuda internacional para sobreviverem", acrescenta o especialista. Entre os riscos provocados pela fome, ele cita uma maior possibilidade de levantes e instabilidade socioeconômica.

Para Roney, o etanol é um dos vilões no processo, ao alavancar o preço do grão. "O mandato do etanol e o subsídio para o combustível baseado em grãos são amplamente responsáveis pela inflação dos alimentos, que empurra mais e mais pessoas à pobreza. Além de provocar números recordes de fome e desnutrição, o etanol obtido de grãos não é a resposta para as necessidades de energia", afirma. Ele garante que se os Estados Unidos convertessem toda a lavoura de gãos em combustível para carros, supriria apenas 18% da demanda pelo álcool. "Entre 2006 e 2008, os EUA quase dobraram a quantidade de milho transformado em etanol (40 milhões de toneladas); isso seria suficiente para alimentar 130 milhões de pessoas por um ano."
Em 6 de outubro passado, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) exigiu a revisão das políticas de biocombustíveis e subsídios, "para preservar a segurança alimentar, proteger agricultores pobres, promover o desenvolvimento rural e assegurar a sustentabilidade ambiental".
A mensagem foi a tônica do relatório O estado do alimento e da agricultura. Segundo o documento, a produção de biocombustíveis baseados em commodities agrícolas aumentou mais de três vezes entre 2000 e 2007. A FAO previu um aumento na fabricação desses produtos, mas alertou que a energia global seguirá limitada. "Biocombustíveis apresentam oportunidades e riscos. O resultado depende do contexto específico do país e das políticas adotadas", declarou, na ocasião, o diretor-geral Jacques Diouf.

Fonte: Correio Braziliense

 

Observatório de Publicidade de Alimentos

Entenda, aprenda e denuncie | www.publicidadedealimentos.org.br

Orgânicos para o Mundo

Promova e sua rede a alimentação saudável e adequada

Pela Saúde do Coração | Gordura Trans Não

Acesse o site do projeto www.gorduratransnao.com.br