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Brasil e Portugal superam limite de consumo de sal
Postado em 24/03/2009

O alerta já foi dado em Portugal no último mês de dezembro: o consumo de sal está fora dos limites e há uma preocupação internacional sobre o assunto. No Brasil, o sinal vermelho também foi acionado depois que pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP apontou consumo exagerado de sódio que pode aumentar pressão arterial e levar a doença cardiovascular e renal.
Em Portugal o trabalho de sensibilização do público em geral já começou e o debate agora é sobre as estratégias políticas para minimizar as consequências que o consumo excessivo de sal provoca junto das populações. A quantidade de sal utilizada no preparo da massa de pão, por exemplo, já foi reduzida. No Brasil, a discussão está começando.
Por aqui, a pesquisa realizada pelo endocrinologista Flávio Sarno, especialista em nutrição em saúde, mostrou que o brasileiro consome duas vezes e meia a acima do limite preconizado pela Organização Mundial da Saúde.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Flávio explica que os dados da pesquisa são estimados. "Calcula-se a quantidade de sódio disponível para consumo, de acordo com os alimentos comprados pela família na última semana. Para isso, transforma-se a quantidade disponível de sódio em cada alimento em valor energético [Kcal] e em gramas, para depois dividir pelo número de pessoas", explica Sarno. A base para conversão dos alimentos foi a Taco (Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos), desenvolvida pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O vilão da mesa dos brasileiros é o tempero adicionado à comida, o que inclui o sal de cozinha propriamente dito e condimentos feitos à base de sal, que correspondem a 76% de todo o sódio consumido.
A pesquisa foi publicada em março de 2009 na "Revista de Saúde Pública". Os pesquisadores apontam que a quantidade diária de sódio disponível para consumo é de 4,5 g por pessoa, sendo que a ingestão máxima recomendada pela OMS é de 2 g.
Para chegar a esse valor estimado, os pesquisadores usaram como referência os dados da última POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2003. Foram analisados 969.989 registros de aquisição de alimentos em uma amostra de 48.470 domicílios.

POUCO PODE
O consumo moderado de sódio é necessário para o bom funcionamento do organismo, pois mantém o volume de líquidos, evitando a desidratação, por exemplo. No entanto, a ingestão em excesso pode provocar problemas de saúde. Os danos vão se acumulando sem a pessoa perceber.
Segundo o pesquisador, a quantidade diária de sódio na alimentação de pessoas hipertensas ou com problemas renais deve ser em torno da metade preconizada pela OMS. "O consumo recomendado é para pessoas saudáveis e não leva em consideração problemas de saúde associados. Assim, eventualmente, essa restrição do consumo deve ser ainda mais rigorosa."

 

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