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Asbran

Um homem à frente do seu tempo
Postado em 25/08/2008

No próximo dia 5 de setembro o Brasil reverencia a memória de Josué de Castro, pernambucano que fez da luta contra a fome a sua bandeira de vida. Neste dia, serão realizados vários eventos lembrando 100 anos do seu nascimento.
A ASBRAN também deseja homenagear este homem que esteve à frente do seu tempo.
Cerca de 2 mil pessoas participarão da VI Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em comemoração aos 100 anos de nascimento de Josué de Castro. Esta será a maior plenária do Consea em número de participantes e a primeira vez que ocorrerá fora de Brasília. Como Josué de Castro era recifense, o evento foi transferido para a capital pernambucana e será realizado na data do centenário. A abertura terá a apresentação da Orquestra Criança Cidadã do Recife, composta por 100 crianças e adolescentes de 7 a 15 anos da favela do Coque.
A cerimônia terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Anna Maria de Castro, filha do homenageado. Também participam o presidente do Consea, Renato S. Maluf, o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, que é secretário do conselho, e beneficiários de programas sociais do governo federal.

Josué por Anna Maria de Castro - Professora titular da UFRJ
Doutora em Sociologia Aplicada (filha de Josué de Castro)

Em 1964, aos 56 anos, o então embaixador do Brasil junto aos Órgãos das Nações Unidas, em Genebra, Josué de Castro, teve seus direitos Políticos cassados.
lnterrompia-se, pelo arbítrio, a profícua atividade intelectual do humilde médico brasileiro que, aos 21 anos, iniciara sua atividade clinicando na Cidade do Recife e chegara a representante do Governo de seu País.

Longa foi a caminhada deste inconformado nordestino que se tornou mundialmente conhecido por seus livros, cargos que ocupou, funções que desempenhou, organismos que criou e aulas que ministrou, no Brasil e no Exterior.

Entretanto, o que mais o notabilizou foi, sem dúvida, quer no exercício da cátedra, na Presidência da FAO, no Parlamento Brasileiro (como deputado pelo antigo PTB), nas salas de aula ou nos momentos solitários do escritor consagrado, a eleição de um tema até por ele mesmo considerado bastante delicado e perigoso, a fome. E foi contra ela, em toda a sua extensão e manifestações, que travou o bom combate de sua vida.
 A publicação, em 1946, da primeira edição da Geografia da Fome, seu mais conhecido livro já traduzido em 25 idiomas, assinala o início das denúncias que pretendeu levar, a seus patrícios e ao mundo, acerca desse grave flagelo que, ainda hoje, assola a humanidade. Seguiram-se a Geopolítica da Fome e outros livros que terminaram por identificar o autor com o tema central de suas obras.
No exílio a despeito dos muitos convites que recebeu de diferentes países, escolheu para morar a França. Criou o Centro Internacional de Desenvolvimento e voltou a lecionar Geografia Humana, na Universidade de Paris, até sua morte, em 1973, dez anos depois.

A vida de Josué de Castro foi uma grande lição de engajamento em sua própria realidade, sua própria cultura. Procurou desenvolver toda uma ciência, a partir de um fenômeno que é a manifestação do subdesenvolvimento em sua mais dura expressão: a Fome. Tentou criar uma teoria explicativa para a triste realidade do subdesenvolvimento, da pobreza, da miséria. Tentou modificar a história de seu país. É este homem que o Brasil de hoje precisa deixar de ignorar.

 

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