Asbran participa de GT que vai tratar da Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade
Postado em 23/10/2023 | fonte - Asbran

A ASBRAN participou no último dia 18 de outubro da primeira reunião do Grupo de Trabalho da CAISAN que irá tratar da Estratégia Intersetorial de Prevenção da Obesidade, reunindo diversos ministérios. O encontro aconteceu em Brasília e a ASBRAN foi representada por suas diretoras Glaucia Medeiros e Vanille Pessoa. 

"Esta reunião foi uma oficina de escuta para revisão da Estratégia Intersetorial para Prevenção da Obesidade. Vamos avançar mais ainda sabendo que é fundamental a formação e qualificação de pessoas que possam estar na linha de frente, junto aos municípios, com esta pauta", disse Glaucia. 

Segundo aponta a Nota Conceitual analisada pelos participantes no encontro, "o alerta para o crescimento da obesidade entre os adultos é grande, mas entre crianças e adolescentes é urgente. A projeção global da velocidade de crescimento nessa faixa etária, ao invés de duplicar, triplica. No período de 2020 a 2035, a projeção é de aumento de 4,0% para 13,0% nas meninas e de 2,0% para 6,0% nos meninos".

Entre as premissas para a renovação da Estratégia Intersetorial, estão em debate seis pontos: 

- A obesidade deve ser reconhecida como um problema social a ser enfrentado com uma política de proteção e justiça social, com uma abordagem interseccional tanto na sua compreensão quanto para o seu enfrentamento. 

- A obesidade precisa ser enfrentada considerando sua múltipla determinação, sua relação com os sistemas alimentares hegemônicos e sua interrelação com a fome e crise climática. 

- É fundamental ouvir as vozes da sociedade civil e, especialmente, buscar saber mais sobre as necessidades das pessoas e famílias que vivem e são afetadas pela obesidade.

- É preciso combater os preconceitos e estigmas envolvidos. A obesidade não pode ser enxergada como um fracasso individual. 

- É importante o envolvimento da sociedade como um todo, a obesidade não é um problema individual. 
 
- A obesidade precisa ser enfrentada com seriedade, prioridade e especialmente vontade política. Desde a prevenção até o tratamento, com financiamento adequado, combatendo seus determinantes, sintomas, doenças associadas e consequências.