Aguarde, carregando...

Facebook  Instagran  Youtube  Whattsapp  Contato
Asbran

Programa Mundial de Alimentos conquista Prêmio Nobel da Paz
Postado em 09/10/2020 | fonte - ONU e Brasil247

A poucos dias de celebrarmos o Dia Mundial da Alimentação uma notícia para aumentar a festa e pensarmos sobre a fome que ainda atinge muitos povos. O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) conquistou o Prêmio Nobel da Paz nesta sexta-feira (9) por seus esforços para combater a fome e melhorar as condições para a paz em áreas atingidas por conflitos.

A escolha  está sendo interpretada pelos analistas internacionais "como uma resposta de Oslo [sede do Nobel, capital da Noruega] ao surgimento considerado como perigoso de um nacionalismo explícito em diferentes partes do mundo, do populismo e uma mensagem de apoio aos esforços de coordenação diante de desafios globais. O vencedor é escolhido por um comitê eleito pelo parlamento da Noruega.

Outras 134 pessoas ou instituições já receberam esse prêmio no passado. Em 2019, o vencedor foi Abiy Ahmed, o primeiro-ministro da Etiópia. No ano anterior, Denis Mukwege, um congolês, e Nadia Murad, uma iraquiana ganharam o Nobel da Paz (os dois são militantes que combatem o fim da violência sexual em guerras e conflitos armados).

Juan Manuel Santos, o ex-presidente da Colômbia, foi o último latino-americano que levou o prêmio.

Houve outros anos em que o vencedor foram instituições: em 2012, foi a União Europeia; no ano seguinte, a Organização para Proibir Armas Químicas e em 2017, a Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares.

PANDEMIA E FOME

No ano passado, quase 690 milhões de pessoas passaram fome, 10 milhões a mais que em 2018. Por isso, o mundo corre o risco de não atingir mais o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, número 2, sobre Fome Zero.

Este é o resultado do relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo de 2020, lançado em julho pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, e mais quatro agências: o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, Ifad, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, e a Organização Mundial da Saúde, OMS. 

Em entrevista à ONU News, a especialista da FAO Anne Kepple afirmou que as conclusões são uma grande preocupação.

“A gente está longe de alcançar o objetivo 2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A mesma coisa com a má nutrição. Alguns indicadores de má nutrição estão melhorando, estão pelo menos indo na direção certa. Por exemplo, em crianças com menos de cinco anos, a baixa estatura para a idade está melhorando, porém não com a velocidade necessária para alcançar os objetivos.”

Regiões e pandemia
A pesquisa mostra que o maior número de pessoas com fome vive na Ásia, mas a situação também aumenta rapidamente na África, e começa ser agravada pela pandemia de Covid-19. Estima-se que a doença possa lançar de 83 milhões a 132 milhões de pessoas numa situação de fome crônica até o fim deste ano.

Anne Kepple, que faz parte da equipe de Alimentação e Nutrição da Divisão de Estatística da FAO, é uma das coordenadoras da pesquisa. Ela destaca várias ações que os governos podem tomar para resolver estes problemas.

“São muitas frentes que precisamos trabalhar. É urgente. E precisamos trabalhar de uma forma mais coordenada e mais incisiva. Uma política óbvia é a promoção de apoio à agricultura familiar, que também vai ajudar na pobreza rural. É muito importante que os governos invistam em programas de proteção social, política pró-pobre, que visam diminuir a desigualdade. Essa é outra frente. A desigualdade está aumentando e com isso a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição também.”

Língua portuguesa
O relatório da ONU ressalta a evolução dos países lusófonos em várias áreas, como desnutrição e obesidade, entre os períodos de 2004-2006 a 2017-2019. Angola consegui reduzir a porcentagem da população com desnutrição de 52,2% para 18,6%. Já a obesidade entre os adultos passou de 6,8% para 8,2%. 

No Brasil, 4,1% da população eram desnutridos em 2004-2006, uma taxa que baixou para menos de 2,5%. Já a obesidade, por outro lado, passou de 20,1% para 22,1%. A pesquisa estima que os custos de saúde relacionados com a obesidade no país devem passar de US$ 5,8 bilhão em 2010 para US$ 10,1 bilhão em 2050. 

Em relação à qualidade da alimentação, o alto custo e baixa acessibilidade de alimentos nutritivos é um obstáculo para um grande número de famílias. 

Alimentação saudável

Uma dieta saudável custa muito mais que US$ 1,90 por dia, considerado o limiar de pobreza. Laticínios ricos em nutrientes, frutas, vegetais e alimentos ricos em proteínas são os grupos de alimentos mais caros do mundo. Segundo a pesquisa, uma dieta saudável custa cinco vezes mais do que alimentação com farinhas.  

A pesquisa afirma que pelo menos três bilhões de pessoas não podem pagar por uma dieta saudável. Na África Subsaariana e no Sul da Ásia, mais da metade da população vive nessa situação, que afeta também habitantes da América do Norte e Europa. 

Crianças
Como resultado, quase um terço das crianças com menos de cinco anos, 191 milhões, tiveram dificuldades no crescimento em 2019. Outros 38 milhões estavam acima do peso. 
 
Segundo o relatório, uma mudança global para dietas saudáveis ajudaria a combater o problema da fome e custaria menos dinheiro. Em 2030, os custos de saúde associados a dietas não saudáveis devem chegar a US$ 1,3 trilhão por ano. Já o valor social relacionado às emissões de gases de efeito estufa, estimado em US $ 1,7 trilhão, pode ser reduzido em quase 75%.

 

Observatório de Publicidade de Alimentos

Entenda, aprenda e denuncie | www.publicidadedealimentos.org.br

Orgânicos para o Mundo

Promova e sua rede a alimentação saudável e adequada

Pela Saúde do Coração | Gordura Trans Não

Acesse o site do projeto www.gorduratransnao.com.br