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Fragilização de políticas de alimentação e nutrição potencializam Covid-19
Postado em 02/10/2020 | fonte - Ascom | CNS

Fragilização de políticas de alimentação e nutrição potencializam Covid-19

A pandemia da Covid-19 no Brasil acentuou desigualdades históricas. A crise levou milhões de brasileiros e brasileiras a situação de extrema vulnerabilidade, com escassez inclusive de alimentos. A Live do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada nesta quarta (30/09), trouxe para debate o tema “Cuidar da alimentação e nutrição é cuidar das pessoas e proteger vidas”.

Ruth Guilherme, representante da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), explicou que a pandemia deixou mais evidente as diferenças no acesso à alimentação saudável, além do aumento no consumo de industrializados e aumento da obesidade. Para ela, é necessário que o governo fortaleça as ações norteadoras do Guia Alimentar para a População Brasileira 2014. “Estão querendo reformar o guia sem participação popular. Não há necessidade, o guia é com base na Política Nacional de Alimentação e Nutrição”.

Carol Dalabona, representante da Pastoral da Criança, destacou o aumento da  insegurança alimentar e nutricional das populações negra, indígena, de rua, dentre outras populações que mais estão sofrendo agravos nesse período. “A pandemia acirrou ainda mais essas vulnerabilidades”. A debatedora trouxe à tona a recente extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) por meio do Decreto nº 9.759/2019, que também extinguiu outras centenas de conselhos sociais. “O Consea nos ajudava muito nessa luta. E agora estamos diante da ameaça ao Guia Alimentar, que é nosso cargo chefe de diretrizes para alimentação saudável”, afirmou.

Crise global na alimentação

A coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília, Elisabetta Recine, apresentou o conceito de Sindemia Global, que vem sendo trabalhado por diversos pesquisadores internacionalmente. “Há três grandes pandemia que se articulam em termos determinantes no mundo: a fome, a obesidade e a crise climática”. Segundo ela, o sistema alimentar predominante faz uso intensivo da água, da terra, emite gases para efeito estufa, além de fornecer matéria prima para a produção de industrializados.

Myrian Cruz, coordenadora da Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (Cian) do CNS, disse que “a questão ambiental atravessa a pandemia da Covid. Estamos vendo nosso país em chamas em meio à pandemia. O meio ambiente nos alimenta e nos mantém vivos. É a saúde do nosso planeta que nos mantem vivos”, afirmou. 

Elisabetta também lamentou a interrupção das articulações dentro do governo federal que tratavam do tema. “O governo ficou patinando para saber o que era melhor fazer diante da pandemia. Além do corte drástico de orçamento dos principais programas públicos, equipes foram desmontadas, setores extintos”, criticou, em referência à Emenda Constitucional 95/2016, que congelou recursos na saúde e outras áreas até 2036. 

Nova portaria

Representando o segmento de gestores no CNS, a assessora do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Marcela Alvarenga, afirmou que diversos municípios se articularam para implementarem iniciativas nesse período. “Uns fizeram repasse de valor para refeições, outros atuaram com dispensação de alimentação para crianças, outros de cestas básicas para as famílias”. Segundo ela, uma portaria já está pactuada na Comissão Intergestora Tripartite (CIT), espaço que une gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) em nível municipal, estadual, distrital e federal. “Estamos prevendo recursos específicos para doentes crônicos: diabéticos, hipertensos, obesos”. Marcela afirmou que a atenção voltada à obesidade, desnutrição e amamentação “são pautas permanentes e prioritárias” na gestão.

Assista à live na íntegra

 

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