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Asbran

Dia Mundial sem Tabaco: precisamos avançar em políticas públicas para mudar cultura
Postado em 29/05/2023 | fonte - Asbran com dados da OPAS

O uso do tabaco, aponta a OMS, é a causa de morte mais evitável em todo o mundo e atualmente é responsável pela morte de um em cada 10 adultos. É preciso romper com esse modelo de negócio que prejudica a nossa saúde e enfrentar a sua indústria que interfere nas tentativas de substituição dessa cultura que contribui para a crise alimentar mundial.

No Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, nossa missão como nutricionistas no mundo todo, e demais profissionais da saúde, é alertar pacientes sobre os malefícios e pressionar os governos para mais mudanças. É preciso aplicar recursos em apoio aos agricultores de maneira a incentivá-los a mudar para culturas mais sustentáveis que melhorem a segurança alimentar e nutricional.

Felizmente o Brasil avançou e muito na "lição de casa". Ocupa lugar de destaque no ranking de combate ao tabagismo dentre as 171 nações que aderiram às medidas globais da Organização Mundial da Saúde. O País conseguiu reduzir a taxa de adultos fumantes de 35% para 9,3% nos últimos 35 anos. Foi um dos primeiros países do mundo a alcançar o mais alto nível das seis medidas MPOWER de controle do tabaco. No entanto, a boa notícia está sendo ameaçada pela epidemia recente dos cigarros eletrônicos.

VENDENDO MENTIRAS

É fato que muita gente lucra com a indústria do tabaco e muitas mentiras circulam neste universo, entre elas a de que os cigarros eletrônicos não fazem mal, que não têm nicotina. 

A verdade é que cigarros eletrônicos não são saudáveis. Segundo a pneumologista Stella Martins, especialista em dependência química da área de Pneumologia no Hospital das Clínica, os cigarros eletrônicos possuem o que é denominado de supernicotina, que é o sal de nicotina, muito mais potente que a substância presente nos cigarros tradicionais. Ela fez o alerta em entrevista ao Jornal da USP. A médica explicou que os cigarros eletrônicos chegam a possuir quase 60 mg de nicotina por ml do líquido, enquanto os tradicionais se limitam a 1 mg da substância por cigarro. 

Se de um lado o marketing do setor afirma que "o tabaco é riqueza", do outro, a realidade é bem diferente. Dados da OMS mostram que a cada ano, "a indústria do tabaco ceifa mais de 8 milhões de vidas humanas, desmata 600 milhões de árvores e 200 mil hectares de terra, usa 22 bilhões de toneladas de água e emite 84 milhões de toneladas de CO2". É preciso conscientizar a sociedade e promover políticas públicas que barrem esse avanço.

A ACT Promoção da Saúde, organização não governamental que atua na promoção e defesa de políticas de saúde pública, tem feito um grande trabalho de controle do tabagismo no Brasil. Para ampliar a informação científica sobre os danos à saúde causados exclusivamente pela nicotina, produziu a Nota Técnica "Nicotina: o que sabemos?". ACESSE AQUI.

Essa trajetória de 16 anos foi reconhecida pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde este ano, por meio do Prêmio pelo Dia Mundial Sem Tabaco na Região das Américas, que será entregue dia 31, em cerimônia no Instituto Nacional de Câncer.

DADOS DA OMS

  • Todos os anos, a indústria do tabaco ceifa mais de 8 milhões de vidas humanas, desmata 600 milhões de árvores e 200 mil hectares de terra, usa 22 bilhões de toneladas de água e emite 84 milhões de toneladas de CO2.
  • Os produtos do tabaco são os itens mais poluentes do planeta, contendo mais de 7 mil químicos tóxicos, que se infiltram em nosso meio ambiente quando descartados. Cerca de 4,5 trilhões de filtros de cigarro poluem nossos oceanos, rios, calçadas, parques, solo e praias todos os anos.
  • Produtos como cigarros, tabaco sem fumaça e cigarros eletrônicos também contribuem para o acúmulo de poluição plástica. Os filtros de cigarro contêm microplásticos e constituem a segunda maior forma de poluição plástica em todo o mundo.
  • Os custos de limpeza de produtos de tabaco jogados no lixo recaem sobre os contribuintes e não sobre a indústria que cria o problema. A cada ano, isso custa à China cerca de US$ 2,6 bilhões e à Índia cerca de US$ 766 milhões. O custo para Brasil e Alemanha chega a mais de US$ 200 milhões (veja a tabela abaixo para mais estimativas). Países como França e Espanha e cidades como São Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, se posicionaram. Seguindo o Princípio do Poluidor-Pagador (Polluter Pays Principle), implementaram com sucesso a “legislação de responsabilidade estendida do produtor”, que torna a indústria do tabaco responsável por limpar a poluição que cria.

A OMS pede aos países e cidades que sigam este exemplo, bem como apoiem os produtores de tabaco a mudar para culturas sustentáveis, implementem fortes impostos sobre o tabaco (que também podem incluir um imposto ambiental) e ofereçam serviços de apoio para ajudar as pessoas a pararem de fumar.

 

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