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A revista científica The Lancet publicou uma nova avaliação global que apresenta evidências consistentes sobre os impactos ambientais, sociais e de saúde pública dos atuais sistemas alimentares. O Relatório sobre Sistemas Alimentares Saudáveis, Sustentáveis e Justos indica que o modo como produzimos e consumimos alimentos é o principal fator de transgressão de cinco das nove fronteiras planetárias essenciais à estabilidade da Terra. Entre os principais achados, destacam-se:
O relatório propõe a adoção da Dieta da Saúde Planetária (DSP), que prioriza o consumo de frutas, hortaliças, leguminosas, nozes e grãos integrais, com redução significativa do consumo de carne vermelha, laticínios e alimentos ultraprocessados. A implementação desse modelo alimentar poderia reduzir em até 50% as emissões do setor alimentício, além de contribuir para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e a promoção da saúde global.
A publicação foi elaborada pela Comissão EAT-Lancet, composta por pesquisadores de mais de 35 países e diferentes áreas do conhecimento — nutrição, saúde pública, clima, economia, ciências sociais e agricultura. O estudo contou com a participação do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da Universidade de São Paulo (USP), representado pelos pesquisadores Carlos Monteiro, fundador do núcleo, e Leandro Cacau, pós-doutorando.
Segundo Johan Rockström, copresidente da Comissão EAT-Lancet e diretor do Instituto de Pesquisa de Impacto Climático de Potsdam (Alemanha), o relatório oferece “a orientação mais clara até o momento sobre como alimentar uma população crescente sem ultrapassar os limites planetários”, integrando as evidências mais recentes sobre saúde e clima para demonstrar que “as escolhas alimentares podem salvar milhões de vidas, reduzir bilhões de toneladas de emissões e promover maior equidade nos sistemas alimentares”.
O documento baseia-se em análises conduzidas por 13 grupos independentes de modelagem, que avaliaram o impacto das mudanças no sistema alimentar sobre cinco fronteiras planetárias críticas: clima, uso do solo, recursos hídricos, poluição por nutrientes (nitrogênio e fósforo) e contaminação por novas substâncias químicas (como pesticidas, antimicrobianos e microplásticos). Os resultados apontam que dietas mais saudáveis, combinadas à redução do desperdício de alimentos e à melhoria das práticas produtivas, podem simultaneamente favorecer a saúde humana e reduzir a pressão ambiental.
A análise global também revelou um padrão consistente entre as regiões: baixo consumo de alimentos de origem vegetal (frutas, verduras, leguminosas e grãos integrais) e elevada ingestão de carnes, laticínios, gorduras saturadas, açúcares adicionados e produtos ultraprocessados.
A Comissão EAT-Lancet 2025 reforça que a Dieta da Saúde Planetária é nutricionalmente adequada, ambientalmente sustentável e culturalmente adaptável, devendo respeitar as tradições alimentares locais. Conforme destaca Leandro Cacau, esta nova edição do relatório “reconhece explicitamente o papel deletério do processamento de alimentos” e recomenda que a dieta seja composta majoritariamente por alimentos in natura e minimamente processados. Esse reconhecimento representa uma resposta às críticas à versão de 2019, que não havia considerado de forma suficiente o impacto dos alimentos ultraprocessados sobre a saúde humana e planetária.
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